segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A prática de exercícios na adolescência previne a osteoporose


Que os exercícios físicos fazem bem à saúde em qualquer idade já se sabe. A novidade é uma pesquisa da Faculdade Estadual de Medicina da Pensilvânia (EUA), que mostra como eles são ainda mais importantes na adolescência - especialmente para as meninas entre 13 e 15 anos - para a prevenção da osteoporose na maturidade. Embora seja uma conseqüência natural do processo de envelhecimento, a perda de cálcio, que fragiliza os ossos (a osteoporose), é mais acentua da nas mulheres depois da menopausa. E, segundo a pesquisa, entre as 80 mulheres pesquisadas, as que haviam se exercitado mais naquela faixa etária eram as que apresentavam maior densidade óssea.
A necessidade da atividade física para a saúde dos ossos está relacionada à forma como o organismo absorve o cálcio que é ingerido. A absorção depende de dois fatores. O primeiro é físico. "A tração dos músculos estimula os ossos e faz com que o cálcio se fixe neles", explica a médica fisiatra Cristiane Isabela de Almeida, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O segundo fator é bioquímico. "A fixação do cálcio exige também vitamina D, que é fabricada no organismo sob o estímulo dos raios solares", diz o médico especialista em medicina esportiva, Maurício de Souza Lima, da Unidade de Adolescente do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Portanto, não adianta muito ingerir cálcio sem exercitar os músculos e sem tomar sol. "Ele vai embora do corpo", diz a dra. Cristiane.

Alto consumo
Como a maior parte do cálcio se fixa no esqueleto ao longo da infância e da adolescência, quanto maior for a reserva feita nesse período, melhor, explica a médica. Mas, na adolescência, a exigência de cálcio é maior por causa do estirão do crescimento. "Essa necessidade chega a 1.200 miligramas por dia, enquanto 800 miligramas são suficientes para um adulto", diz o dr. Maurício. E esse maior consumo será perdido se não for acompanhado de exercícios físicos e exposição ao sol.
Quanto à atividade física recomendada, o dr. Maurício diz que ela deve ser a escolhida pelo adolescente, com uma ressalva: "Os exercícios aquáticos, como natação e hidroginástica, não favorecem a formação óssea". E explica: embora sejam práticas ótimas para a saúde em geral, elas têm baixo impacto muscular por causa da água. E o osso precisa de impacto muscular para fixar o cálcio. Foi o que o médico da família disse à estudante Carolina Chagas, de 14 anos, quando ela decidiu fazer hidroginástica. "Ele recomendou também uma atividade fora da água, para fortalecer os ossos", conta a garota, que optou pela caminhada.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Excesso de televisão e sedentarismo aumentam a angústia em crianças




Um recente estudo aponta que ver televisão em excesso e a inatividade física são fatores determinantes e aditivos de angústia psicológica em crianças.
O estudo, realizado na Escócia, envolveu 1.486 crianças com idades entre os quatro e doze anos, avaliando a presença do stresse psicológico através de um questionário específico, respondido com a ajuda dos pais. Globalmente, 4% das crianças foram classificadas como tendo níveis anormalmente elevados de stresse psicológico. Após análise estatística, verificou-se que as crianças que assistiam à televisão por mais tempo, quando comparadas com aquelas que assistiam por pouco tempo (menos que 90 minutos por dia), apresentaram níveis significativamente maiores de stresse psicológico. Da mesma forma, as crianças com um elevado nível de atividade física (mais de 10 sessões semanais com duração de pelo menos 15 minutos) quando comparadas com as crianças com um baixo nível (menos de 6 sessões semanais), tiveram níveis significativamente menores de stresse psicológico. Excesso de televisão e inatividade física aumentavam o risco relativo de angústia psicológica em crianças, na ordem de 45% e 64%, respetivamente. A análise demonstrou que estes dois hábitos inadequados de vida exerciam também efeitos aditivos." Como a atividade física na adolescência é capaz de prever também a saúde mental na idade adulta, as políticas de saúde pública deverão concentrar-se em promover um aumento das atividades físicas em crianças mais novas", finalizam os autores do estudo.

Musculação para a criança e adolescente


Esse é o problema. Encontrar a justa medida no incentivo à atividade física das crianças e adolescentes que acabam ficando num "beco sem saída". Enquanto alguns pais passam dos limites exigindo de mais outros, levados pela enxurrada de informações sem bases científicas impedem seus filhos de praticar uma atividade que pode ser muito benéfica no desenvolvimento das habilidades motoras das tarefas cotidianas como é o caso da musculação.
A frase mais comum usada como álibi é: "a musculação não é boa para a criança nem pro adolescente porque causa impacto nas epífises dos ossos longos ocasionando a parada do crescimento". E tem gente que toma isso como verdade absoluta porque um dito importante "fulano de tal" falou. Uma informação passada de um para outro e não se sabe a origem. É bem verdade que até na literatura faltam mais trabalhos nesse sentido porém, as poucas não atestam essa afirmação e nem mesmo relatórios médicos.
Uma interessante monografia de conclusão de curso de Educação Física da Universidade de Londrina P.R. do professor Andrei Guilherme Lopes encontra-se publicado na Internet. O seu trabalho concluiu que o treinamento de força em crianças pré-púberes não causou alterações ou lesões epifisárias ósseas. Orientado pelo Professor Mestre Edson Scolin, foram selecionadas crianças pré-púberes, fase confirmadas por avaliações das pilosidades pubian.
Depois das declarações médicas como aptas ao exercício físico, e devidamente autorizadas pelos pais, fizeram exames radiológicos nas articulações do cotovelo e joelho direito. Em seguida passaram por um período de 4 semanas de adaptação ao treinamento e logo a seguir, 12 semanas de treinamento de força com 80% da carga máxima avaliada pelo teste de repetição máxima proposta na literatura por Roberts & Weider 1995.
Após esse período, as crianças repetiram as avaliações radiológicas seguindo os mesmos procedimentos iniciais. Comparados os resultados pré e pós-treinamento de força, ficou claro NÃO ter havido alterações das epífises dos ossos longos como "cantam aos quatro ventos" os do contra.
As pessoas que normalmente condenam a musculação para crianças e adolescentes, costumam alegar a questão do impacto biomecânico da atividade, sendo incoerentes nas próprias afirmações recomendando basquete, vôlei, saltos, entre outros esportes com tradicionalmente mais impacto vertical. Essas atividades realmente são sadias mas traduz-se numa afirmação sem lógica condenar a musculação. Qualquer criança normal corre, salta e arremessa e nem por isso deixam de crescer. O excesso, a orientação inadequada ou a falta de atividade é que são maléficos às crianças e adolescentes. Os segmentos do esqueleto possuem diferentes etapas de desenvolvimento assim como a liberação hormonal e o metabolismo é mais ou menos acelerado em casa fase. A atividade física na adolescência acelera o crescimento longitudinal, a espessura dos ossos, a liberação da testosterona e do hormônio de crescimento. Esses benefícios são mais evidentes com a musculação. Fato comprovado e mitos derrubados na literatura por Risso et all 1999, Weineck 1999 e Fleck & Kraemer 1999. As valências físicas, tais como força, condicionamento aeróbio e a flexibilidade são igualmente estimuladas quando orientadas por profissionais de Educação Física e incentivadas pelos pais, principalmente quando dão o exemplo.
Claro, não significa que agora as crianças e adolescentes possam sair por aí fazendo musculação de qualquer jeito e alguns critérios são estabelecidos a saber: em primeiro lugar avaliação médica. Estar física e psicologicamente preparadas. Os equipamentos devem ser adequados ao tamanho das crianças. Técnica de execução correta. Procedimento de segurança aplicado. Programa de força periodizado com evolução lenta, gradual e progressiva além de mesclado de forma equilibrada com outras atividades a fim de proporcionar maior oferta de movimentos e habilidades motoras.
Existe também uma orientação básica de evolução de treinamento de força por faixa etária: de 5 a 7 anos, deve prevalecer o domínio do peso do próprio corpo ou companheiro. De 8 a 10 anos a técnica de levantamentos deve ser priorizada. De 11 a 13 anos o peso deve ser aumentado de forma gradual com incremento da técnica correta inclusive ao montar e desmontar acessórios. Entre 14 e 15 anos o programa já pode ser mais avançado para aos 16 anos começar a ficar mais próximo dos adultos. É importante frisar que nenhuma etapa deve ser, por assim dizer, "queimada". Elas podem, caso a caso, até durar pouco, mas não ignoradas.

Enfim, musculação para criança e adolescente é mais um assunto cercado de falsas verdades fomentadas por falsos entendidos

Estudo comprova que atividades físicas melhoram o sono das crianças






Um estudo recente valida cientificamente o que muitos pais já sabiam: a criança que faz atividades físicas regulares adormece mais rapidamente.
Segundo os autores do estudo, publicado na revista Archives of Disease in Childhood, cair no sono mais rapidamente está associado a uma maior duração do sono. Os investigadores registaram 871 crianças de mães australianas no nascimento, incluindo, sete anos depois, 591 dessas crianças no estudo. Utilizando medidores de atividade na cintura dessas crianças, os especialistas notaram que a demora média para uma criança adormecer seria de 26 minutos. Para cada hora de sedentarismo durante o dia, havia um aumento de 3,1 minutos no tempo que ela gastava a tentar dormir. “Essas descobertas enfatizam a importância da atividade física para crianças, não apenas para a forma física, a saúde cardiovascular e o controlo de peso, mas também para promover o bom sono”, concluíram os autores.

A importância do exercício físico na infância

Com a vida dos tempos atuais, as crianças praticam menos actividades físicas do que antigamente. Trocar a piscina pelos jogos das consolas, o futebol pela internet, a conversa em roda com os amigos pelo telemóvel são atitudes cada vez mais normais entre todos nós e também entre os mais pequenos. No entanto, está comprovado que o exercício, não apenas através de um desporto, mas de brincadeiras e jogos, promove a coordenação motora e o desenvolvimento intelectual.
Estudos mostram que o desporto e a prática de actividades físicas são duas coisas distintas: actividades como andar de bicicleta, correr, dançar, brincar à apanhada ou esconde-esconde, são diferentes de aulas de futebol, voleibol, basquete, ginástica, ou natação por exemplo.
Entre os benefícios desses exercícios, estão o reportório motor e a capacidade de se desenvolver como ser humano.

A criança quando joga com os colegas, aprende regras e transfere-as para o convívio social. Elas aprendem a respeitar os outros. Além disso, é importante receber os estímulos que as actividades físicas produzem no corpo e na mente, porque motivam a auto-estima e o poder de realização.
O período da infância pode ser dividido em duas fases: a chamada Primeira Infância pode ser classificada por crianças até aos 4 anos e a Segunda Infância dos 4 aos 10 anos. Nesses dois períodos as actividades indicadas por especialistas são diferentes:

- A partir dos 6 meses, o bebé já pode praticar na natação, brincar, fazer actividades acompanhadas por tutores. É recomendado pelos médicos que façam isso.

- Até aos 4 anos, a criança ainda não sabe interagir completamente, por isso o ideal é praticar qualquer desporto que exija mais a individualidade, como ballet, judo e natação.

- Num segundo momento, as actividades terão um carácter mais recreativo e o ideal é partir para jogos em equipas como futebol, voleibol, basquete ou rugby.
É importante não esquecer de separar duas a quatro horas por dia, três a quatro vezes por semana, para praticar exercícios físicos (incluindo hobbies e desportos), pois é a dose considerada adequada certa para se ter uma infância saudável.
Tudo o que é em excesso pode fazer mal à saúde, principalmente às crianças, que estão em fase de formação. Por isso, os pais devem evitar que os seus filhos exagerem na quantidade. Às vezes, demasiada expectativa sobre as crianças tem efeitos contrários e elas perdem o prazer de frequentar aulas de educação física, por exemplo. No entanto, quando as crianças dão sinal que gostam de um desporto, os pais devem estimular tendo cuidado com o nível de exigência que lhes imprimem.
A competição é vista por muita gente de uma forma negativa, no entanto, o problema não é a competição em si, mas sim como trabalhá-la na criança. A competição é um elemento fundamental para o jogo, tanto para desportos quanto para brincadeiras e actividades. Devemos apenas ponderar até que ponto a cobrança pela liderança é fundamental.

Quando a criança dá sinal de indisposição constante, ou seja, nunca quer brincar com os amigos, nem nadar na praia, correr e divertir-se, os pais devem procurar algum estímulo para incentivá-la a participar nos acontecimentos infantis, principalmente porque elas têm energia de sobra para isso. Por isso, o importante é não deixar acontecer períodos de grande inactividade.

Assim como dormir bem, ter uma alimentação saudável, um período para estudo, praticar um ou mais desportos..., estar disposto a fazer actividades físicas ao longo do dia é fundamental para o desenvolvimento sadio das crianças. É uma obrigação!

Possíveis implicações da falta de exercício físico na infância:

- Obesidade

- Sedentarismo

- Problemas no desenvolvimento afectivo-social

- Falta de auto-estima

- Stress

- Empobrecimento da criatividade

- Prejuízo na coordenação motora